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Rinite alérgica pode desencadear depressão em adolescentes
Postado por admin em 22 de maio de 2019
As doenças respiratórias como rinite, asma e bronquite são enfermidades que acometem pessoas no mundo todo, especialmente nas épocas mais frias. Devido às reações naturais do organismo, crianças, gestantes e idosos fazem parte do chamado grupo de risco e, por isso, devem receber cuidado redobrado.
No entanto, um estudo norte-americano concluiu que outro grupo tem sido alvo dos sintomas da rinite: os adolescentes. E para eles há um agravante: além das dificuldades fisiológicas, as crises de rinite alérgica aumentam as chances de desencadear quadros de depressão, ansiedade e dificuldades na execução de diferentes tarefas – em especial, as escolares.
O que é a rinite alérgica?
A rinite alérgica é uma doença crônica da mucosa do nariz e tem como característica acometer crianças, gestantes e idosos. Quando associada a outras doenças como asma, conjuntivite, sinusite e otite, a rinite alérgica pode provocar um impacto ainda maior na saúde e na rotina.
No que diz respeito aos sintomas, os principais são os espirros consecutivos, obstrução nasal, coriza aquosa e prurido que iniciam logo após o contato com algum tipo de poeira, fumaça, pólen e pelos de animais.
Mas afinal, qual a relação entre a rinite e a depressão entre os adolescentes?
Recentemente, pesquisadores da ACCAI – American College of Alergy, Asthma and Immunology, uma associação americana de alergistas e imunologistas, divulgaram os resultados de uma pesquisa que mostrou dados alarmantes sobre a incidência de rinite alérgica em adolescentes.
Esses dados revelaram que o público da faixa etária dos 11 aos 17 anos, quando acometidos por quadros de rinite, podem apresentar altos índices de ansiedade, falta de concentração e depressão. Conforme a pesquisa que examinou 25 estudos feitos com adolescentes portadores de rinite alérgica, os principais efeitos constatados nos momentos de crise foram os seguintes:
• Impactos nas atividades diárias;
• Perturbação do sono;
• Falta de concentração no ambiente escolar;
• Emocional abalado;
• Altos picos de estresse;
• Impulsividade;
• Mudanças de humor e de opinião.
Para os pesquisadores, os efeitos da rinite alérgica são infinitamente mais prejudiciais no público adolescente do que nos demais, visto que eles afetam diretamente as relações sociais dos jovens que por si só já apresentam características mais introspectivas nessa etapa das suas vidas.
Segundo as estatísticas brasileiras, cerca de 30% dos adolescentes sofrem com crises de rinite alérgica.
É possível evitar ou minimizar os sintomas da rinite?
Especialistas afirmam que os sintomas da rinite alérgica podem ser minimizados com alguns cuidados diários:
• Manter a casa arejada com as portas e janelas abertas;
• Higienizar os móveis, estofados e demais objetos que acumulam pó;
• Evitar o uso de tapetes e carpetes, especialmente no quarto;
• Manter bichos de pelúcia ensacados com plástico e longe do contato dos adolescentes que sofrem com rinites alérgicas;
• Lavar as capas dos colchões e travesseiros periodicamente;
• Evitar o uso de cortinas pesadas, longas ou com muitas camadas de panos.
Apesar de serem tratados muitas vezes como adultos, os adolescentes necessitam de apoio e atenção dos responsáveis, principalmente no que se refere à sua saúde física e psicológica.
Além da prevenção diária dentro de casa, é importante que os adolescentes que sofrem com a rinite façam acompanhamento periódico com um profissional especializado no tratamento de alergias e, também, com um psicólogo.